MÚSICA - Você conhece a banda DARVIN?

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LEIA AQUI O QUE O ANDRÉ DA DARVIN ESCREVEU SOBRE A HISTÓRIA DA BANDA:

Uma pequena HISTÓRIA

Tudo começou em 1997. Nessa época eu tinha uma banda com o Rá e um amigo nosso de infância, o Breno. A gente tinha uns 16 anos e o som era meio maluco (sei lá o que dizer sobre aquela doideira). E, inexplicavelmente, O Thiago era fã da minha banda (risos). Eis que um dia ele me chamou pra tocar um lance diferente, mais melódico. Eu já gostava de várias bandas punks, mas nunca tinha sido meu interesse principal. Até o Thiago me apresentar o som que mudaria minha vida: NOFX, Blink 182, Mxpx, e toda uma leva de bandas californianas (ou não) que tavam bombando na época. Lembro até hoje das melodias arrepiando os pelos do meu braço. A decisão foi imediata: 'Vamos tocar esse som, cara!'

A gente chamou então o Diogo (também conhecido como Palmito) pra tocar batera, que gostava de coisas como No Fun at All e Satanic Surfers, e o Raoni (índio safado) pro baixo. Esse era só podreira - se amarrava em Ratos de Porão e Blind Pigs (que eu também gosto, é claro!), mas ficou pouco tempo na banda. Depois entrou o primo-irmão do Thiago, o Gustavo, que também durou pouco, porque teve que ir morar em São Paulo. Eu acabei pegando o baixo, apesar de tocar guitarra - mais por falta de baixista do que por qualquer outra coisa. Mas o som ainda tava meio magro, daí alguns meses depois finalmente entrou o Rá (que já tinha tocado comigo) e eu voltei pra guitarra. Lembro que botamos o Rá porque 'um cara engraçado como esse tem que ser da banda' (risos). Mas o Palmito era muito sequelado, só pensava em andar de skate, sumia de tempos em tempos – era 'vida louca' total – um cara muito foda, mas que não podia se comprometer. Por isso entrou o Breno, que por sua vez ficou até 2002 e quando saiu, apresentou pra gente o Dudi, que rapidamente entrou no espírito Darvin e ficou de vez. Desde então somos nós quatro.

Uma das coisas mais difíceis para uma banda é escolher um nome. Vou contar a historia do nosso, que veio da cabeça do Thiago. Quando ele era criança, brincava todo dia de arco e flecha. Atirava em coisas como caixas de sapato e de eletrodomésticos. Tudo que não possuía utilidade imediata servia como alvo. Mas, num certo dia, uma flecha disparada na casa da tia dele produziu um berro, seguido de um intenso derramamento de sangue. Haveria alguma coisa muito sinistra no ar? A empregada da tia dele não pensou duas vezes: munida de sua vassoura, acertava repetidas vezes a caixa, gritando para que satanás retornasse ao mundo das sombras. Mas quando a caixa foi completamente despedaçada, o mistério foi revelado. Um dos gatos de sua tia tinha entrado lá para tirar uma soneca. Pobre Darvin...mereceu uma homenagem póstuma!

As primeiras músicas do nosso repertório eram todas em inglês. Na hora de compor, a gente tinha o hábito de cantarolar a melodia que vinha na cabeça, acompanhada de qualquer letra sem nexo nenhum, um 'grugrumiro' que lembrava vagamente a língua inglesa. Depois era só botar a letra definitiva. Os shows, por sua vez, rolavam em casas underground, muitas das quais nem existem mais atualmente, como o Black Night, Bedrock, Gato Preto ou o Tijolinho´s bar. Outras vezes era mesmo na casa de alguém que fazia uma festa ou onde tivesse cerveja e amigos. Segundo uma lenda, ainda existe uma fita cassete dessa época com as nossas primeiras composições. Aproveito a ocasião para lembrar que oferecemos uma recompensa para quem encontrar! enfim... O segundo semestre de 1999 foi decisivo. O Thiago apareceu lá em casa com sua clássica viola quebrada, dizendo: 'aí cara, olha só o que eu fiz'. A música se chamava 'Noite no Cais', nossa primeira música em português. A gente foi correndo pro estúdio fazer os arranjos! Nossa! A felicidade daquele momento é uma lembrança indescritível! Só posso dizer que naquele dia passamos a ver a banda como um projeto de vida pelo qual valia muito a pena lutar!

No final de 2000, gravamos um CD demonstrativo, totalmente independente, que inesperadamente vendeu 600 cópias em quatro meses. Ia sendo divulgado de amigo pra amigo, por ICQ, MSN, e-mail e principalmente, no boca-a-boca. A gente fazia a cópia em casa e recortava os encartes à mão, conforme a demanda. O disquinho teve tanta repercussão com o público que foi parar em algumas rádios do Rio (sem que a gente soubesse!) e 'Noite no Cais' chegou a ser campeã de um programa de rádio voltado para o segmento independente, chamado Terça Pirata, na Rádio Transamérica. Nessa época, a gente fez bastante showzinhos em casas como Garage, Saideira, Beco da Boemia, Casarão Amarelo e o clássico Kachanga. Os shows eram sempre abertos por bandas de amigos, e a gente tinha em mente a idéia de construir uma cena, quase extinta no rio depois da bombada geração de bandas como Ack, Carbona e Wacky Kids. Mas apesar do esforço, cresciam as obrigações como faculdade e trabalho, conforme íamos envelhecendo. E a gente foi perdendo o ritmo, quase deixando de lado nosso pequeno sonho. O Darvin ainda existia, mas paramos de tocar por quase um ano.

Mas em 2003, mais amadurecidos musicalmente, a gente resolveu dar o gás. O Thiago apareceu com uma porrada de melodias novas, que tinham tudo a ver com o que a gente sentia na época. Depois de dias de estúdio, ficamos tão empolgados com o resultado que aquele antigo sonho de moleque começou a crescer dentro de cada um. Afinal, porque não acreditar? A convicção, na minha opinião, é o elemento mais forte na conquista de qualquer coisa nessa vida. O resto é esforço. E a gente começou a correr muito atrás!!!

Então, investimos todas as nossas economias e esforços pra gravar um novo disco, que chamamos 'Pra Ontem', e ele foi lançado em 2005(vocês podem imaginar o porquê desse nome). Eu fiquei tão duro na época que passei um ano inteiro só com um par de tênis e uma única bermuda (risos). O disco foi produzido pelo selo independente Dryice, que distribuiu o CD pelas lojas underground do país e ajudou muito a gente, dentro do possível para um selo independente! Contando apenas com a mídia pessoal (site, fotolog e Orkut), a gente divulgou e disponibilizou quatro músicas inéditas pra galera. A resposta foi a melhor possível: venda de mais de 3 mil discos, em poucos meses, e muitos shows!!! O telefone não parava de tocar chamando a gente pra tocar em tudo que é tipo de lugar! Mochila nas costas, guitarra embaixo do braço e muitas noites dormindo no chão de rodoviárias ou na casa dos amigos que a gente fazia em cada cidade que passava! E assim fomos levando a vida durante um ano inteiro, tentando levar felicidade em cada cantinho que a gente passava, e recebendo carinho de muita gente também! Que troca!

Em 2006, os shows foram tomando proporções maiores e a EMI Music fez a proposta de lançar um disco novo e distribuir nas lojas por todo o Brasil. Entramos em estúdio novamente pra preparar mais um álbum - dessa vez com qualidade primorosa, produzido por Carlo Bartolini e Ricardo Ortega – que já tinham trabalhado com artistas consagrados como Sepultura, Paralamas do Sucesso e Nando Reis. Optamos por gravar uma espécie de coleção das músicas antigas mais apreciadas pela galera, já que muitas vezes as gravações velhas não renderam o que a gente esperava, seja por falta de grana ou tempo. Mas é claro que em respeito pela nossa galera tínhamos que oferecer material novo, e assim, entraram também algumas músicas inéditas.

De lá pra cá, a mídia passou a se interessar pelo nosso trabalho e com ajuda de nossos amigos e admiradores, que ligaram, votaram, pediram, e encheram o saco dos veículos de comunicação de massa, nossa música conseguiu atingir algumas rádios de grande porte e emissoras de televisão! Por isso, gostaria de finalizar deixando meu 'muito obrigado' a todos vocês que seguem com a gente nesse caminho tão difícil, porém feliz!

Vamo que não pode parar!

Por(André)


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Pesquisa: Thiago Loures


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